Uma Despedida Fiel

Uma Despedida Fiel é, antes de mais nada, uma indagação: o que é o amor, afinal? Na peça, dois personagens surgem numa estação de trem, motivados pelo fim de seus relacionamentos. Bento aguarda o retorno de quem um dia o abandonou, e Lourenço, ao contrário, assume o lugar de quem, agora, parte. Aparentemente antagônicos, tanto Lourenço quanto Bento, são personagens de uma mesma cena: a separação. Esse encontro é o ponto de partida para se discutir o conceito de amor, tendo, ao fundo, a temida cena do abandono. Com opiniões divergentes, estes personagens incitam uma reflexão tão profunda quanto complexa a respeito do amor e seus limites. O amor tolera a liberdade? É possível amar com a convicção de que o outro pode partir? 

Ao tratar o amor sob a ótica da liberdade, o espetáculo discute a noção de eterno e as condições normalmente associadas à ideia de amor duradouro. Uma Despedida Fiel lança um olhar poético sobre a cena da despedida, não atribuindo a ela, necessariamente, o fim do amor. O espetáculo integra uma série de trabalhos sobre o amor, intitulada Anti Romântico.
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Críticas:
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O que realmente está acima de qualquer crítica é a atuação admirável desses dois generosos artistas. Fernando Martins e Luiz Felipe Ferreira, voam pelo palco, a cinco mil palavras por minuto, se deslocando em meio às deliciosas histórias e provocando, com suas exímias interpretações, um vendaval que carrega o público consigo. Quando estão em cena, voamos com eles e o tempo não faz a menor diferença. Vale muito a pena assistir!

James Fensterseifer, diretor da Cia Brasilienses de Teatro.
Release:

Dois personagens aguardam uma resposta do destino enquanto esperam um trem numa estação vazia. Nesse lugar, palco tão frequente de abandonos e reencontros, Bento e Lourenço revelam-se protagonistas de uma mesma cena: a separação. Bento escreve cartas imaginárias que carregam falsas promessas do retorno de um amor que se foi. Lourenço é um fotógrafo com visão libertária que entende a fotografia como uma tentativa de imobilizar qualquer dinâmica da vida, em outras palavras, a própria morte. Enquanto um dos personagens inventa situações de controle de uma união que não existe mais, o outro, que parte, reconhece que qualquer tentativa de domínio sobre essas dinâmicas é ineficiente. Viver um amor é compreender que, ao longo do tempo, ele se transforma. 




TEMPORADA DE 31 de maio a 30 de junho
Sextas e sábados às 21h
Domingos às 19hs
Local: Teatro Eva Herz - Livraria Cultura - Shopping Iguatemi Brasília
Informações: 2109.2700 
Compre seu Ingresso: INGRESSO.COM


Ficha Técnica: 

Texto e Direção de Fernando Martins
Figurinos de Luiz Felipe Ferreira
Cenografia e Iluminação de Fernando Martins e Luiz Felipe Ferreira
Execução técnica: Marley Oliveira
Trilha Sonora Original de Diogo Vanelli
Fotos de Gabriel Rodrigues